domingo, 8 de maio de 2011

Recebi um depoimento emocionado da Maria Aparecida que compartilha conosco a sua história:
Aos 44 anos fumante, ela teve um AVC de grandes proporções que deixou como sequela uma hemiplegia esquerda parcial portanto ela não movimenta mais o lado esquerdo. Como antes ela era saudável as adaptações à atual realidade e às limitações impostas são muito difíceis. Ela faz hidroterapia, fisioterapia convencional , dança faopilates e a despeito do prognóstico acaba de terminar o curso de Direito indo as últimas aulas de bengala tendo convulsões dentro da sala de aula o que a deixou anda mais vulnerável. Ela divide essa história de luta conosco e gostaria de saber se de repente alguém sabe de alguma novidade que possa ajudá-la a viver em uma cidade do interior sendo deficiente, pois só quem também passa por isso sabe que não é fácil. No interior especialmente pois não existe a cultura de respeito e atenção ao deficiente,  não há rampas nem vagas para estacionamentos para pessoas como ela. Ela não é cadeirante dirige  e vive como é possível com suas limitações mas há momentos em que batem as perguntas de sempre: Por quê?  Por que eu? O que fiz para merecer isso? Mas não há como desistir da vida pois a vida está aí batendo à  porta  e a chamando para viver, então vamos lá não é assim? Ela  diz que pensa em alguns momentos em adquirir uma cadeira de rodas para facilitar o ir e vir e gostaria de saber o que vocês acham e o que a indicam.
Cida, muito obrigada pelo seu contato e tomara que outras pessoas na mesma situação que vc postem aqui depoimentos e  palavras que possam te ajudar a facilitar  o seu dia-a-dia.

Um comentário:

  1. Caríssima Cida,

    uma vez uma colega que vivia uma situação muito desafiadora me ensinou algo que nunca esqueci. Ela me disse que jamais perguntava "Por que eu?". Em vez disso, trocava a pergunta por esta: "Por que NÃO eu?".

    Como tantas pessoas, sou cadeirante em virtude de uma inflamação na medula. Ou seja: antes disso, eu também era saudável. Por que foi acontecer comigo? Mas por que NÃO poderia acontecer comigo? Afinal, sou humana como qualquer outra pessoa, compartilho das dores e alegrias da existência como qualquer outro...! Não sou melhor que ninguém, e TODOS estamos sujeitos a experiências de dor e desafio.

    Não sei onde vc mora, mas sugiro muitos e muitos contatos com pessoas que têm limitações físicas e viveram histórias semelhantes à sua. Muitos de nós, deficientes há longos e longos anos, mesmo morando na Capital, tivemos de enfrentar falta de rampas, de vagas e mesmo de automóveis adaptados... Tivemos de lutar por tudo isso, passo a passo, ouvindo muitos "nãos". Qdo comecei a trabalhar fora, em meu serviço só havia escadas!

    No mais, dê tempo ao tempo, pois isso faz toda a diferença. As situações precisam ser metabolizadas devagar, de acordo com nosso tempo interno de desabrochar, superando condições adversas.

    Leia "Como nasceu a alegria", um sensível livro "infantil" do Rubem Alves. Você vai adorar!

    No mais, estou à disposição em meu blog A Cadeira Voadora.

    Um abraço carinhoso,

    Laura
    http://cadeiravoadora.blogspot.com/

    Ah! Karina, conheci seu blog através do Sam! Parabéns pela iniciativa. Vou mandar minha história para vc, ok? Beijos!

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